8 de abr. de 2011

Comentário sobre "Lixo Extraordinário" - Grupo 01

‘Lixo Extraordinário’


“Que raízes são essas que se arraigam, que ramos se esgalham
Nessa imundície pedregosa? Filho do homem
Não podes dizer, ou sequer estimas, porque apenas conheces
Um feixe de imagens fraturadas, batidas pelo sol,
E as árvores mortas já não mais te abrigam, nem te consola o
canto dos grilos,
E nenhum rumor de água a latejar na pedra seca. Apenas
Uma sombra medra sob esta rocha escarlate.
(Chega-te à sombra desta rocha escarlate),
E vou mostrar-te algo distinto
De tua sombra a caminhar atrás de ti quando amanhece
Ou de tua sombra vespertina ao teu encontro se elevando;
Vou revelar-te o que é o medo num punhado de pó.


T.S. Eliot - ‘The Waste Land’ - Tradução Ivan Junqueira

     O documentário "Lixo Extraordinário é um perfeito alvo de críticas, tanto boas quanto ruins, vindas de toda sorte de pessoas. Aqui faremos uma breve análise sobre este documentário:


     O filme “Lixo extraordinário” transmite um projeto feito com materiais recicláveis, no aterro sanitário de Jardim Gramacho, localizado no Rio de Janeiro, e que foi capaz de mudar muitas vidas. Vidas de pessoas que moram no precário local, onde não tem conhecimento do mundo que a rodeia, pois não tiveram bastante capacitação para conhecer-lo. Vik Muniz, autor do projeto e artista plástico, acompanha todo o processo e transforma em um documentário. Tal projeto consiste em valorizar e apontar a realidade em que vivem os trabalhadores do lixão ,de onde retiram seu único sustento, e mesmo assim, não deixam de ter orgulho por aquilo que faz, uma vez que é realizado dignamente. Porém, também surge uma preocupação : além das más condições, no futuro aquele lugar será fechado e teriam que pensar em outro modo de se sustentar. A partir desses fatos, o novo trabalho passa a ser desenvolvido. Vik fotografa momentos expressivos utilizando os próprios catadores, e com o lixo selecionado, consegue formar o que antes eram recursos simples em uma obra de arte.






"É um filme absolutamente essencial para discutir 
questões já antigas na representação problemática das 
classes no Brasil".
(Kleber Mendonça Filho – Cinemascópio)

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